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Casa Chinforinfola: o lugar da arte independente em Ourinhos

Casa Chinforinfola: o lugar da arte independente em Ourinhos

Desde 2018, vários artistas de muitas cidades apresentaram sua arte e cultura no espaço alternativo criado pelo ourinhense

 

Juliana Neves

 

Em Ourinhos, há um projeto independente, localizado no bairro CDHU, que é a Casa de Arte Chinforinfola que iniciou suas atividades em maio de 2018. É um projeto amador que faz arte por amor e ao movimento de transformação que ela proporciona à sociedade. Sendo assim, o local alternativo não possui cronograma e nem planejamento fixo, preferem que os eventos aconteçam de forma orgânica e espontânea no caminho “faça você mesmo”.

“Queremos, um dia, fazer um cronograma de atividades semanais de arte-educação para as crianças do bairro. Procuramos exercitar o hábito da diversidade e por enquanto realizamos os mais diferentes tipos de eventos e atividades possíveis: eventos de música com shows e discotecagem, apresentações e performances teatrais, oficinas, workshops, saraus, exposições de arte, festivais de artes etc. Alguns eventos são abertos e gratuitos e outros são pagos e fechados. Todo dinheiro arrecadado dos eventos é revertido para os artistas e os envolvidos no evento em questão, já que a casa não tem intenção de lucro.”, explica Bruno Antunes, mantenedor do local artístico.

Festival da Boa Vizinhança (Foto: arquivo pessoal)

Desde o início até os dias de hoje, Bruno avalia a existência da casa como satisfatória e gratificante por muitas pessoas já terem participado de eventos e por conhecer artistas incríveis. Segundo o mantenedor, “recebemos artistas que vieram de longe, como São Paulo, Itapetininga, Bauru, Curitiba, Jacarezinho, Santo Antônio, Assis, Santa Cruz, Piraju, Salto Grande, entre outros. Isso sem contar as artistas da nossa cidade que sempre somaram e fizeram acontecer, sem eles e todos os amigos que estiveram lado a lado apoiando e ajudando o projeto não existiria”.

Portanto, a ideia de criar a casa, o projeto, veio da necessidade de um espaço-movimento da arte independente e marginal, buscando a valorização dos artistas e proporcionando liberdade de exercer a sua arte. O maior objetivo é fortalecer a classe artística e democratizar o acesso à arte e cultura.

Por fim, Bruno explana que “acreditamos muito na força e na potência que a arte tem na vida de cada um e buscamos trazer para nossa comunidade, para nosso bairro, para os nossos vizinhos, para nossa casa e para nossa vida o afeto. Não temos muitas condições, equipamentos e estruturas técnicas como gostaríamos, mas a intenção é justamente mostrar que podemos muito com pouco e que só nos falta coragem para nos unirmos e construir nossa autonomia. Temos muito que pensar e fazer ainda e esperamos poder contar com cada vez mais artistas. Viva a arte independente e todo o movimento de resistência marginal e cultural pelas periferias e comunidades desse nosso “terceiro mundo, fábrica de Marighella”.

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