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MPSP mira fraudes em licitações operadas pelo PCC em Prefeituras e Câmaras de 13 cidades

MPSP mira fraudes em licitações operadas pelo PCC em Prefeituras e Câmaras de 13 cidades

Vagner Borges Dias, conhecido como Latrell Brito peça chave no esquema

De acordo com reportagem do portal Metrópole,  a Justiça decretou a prisão preventiva de três vereadores da região metropolitana de São Paulo suspeitos de envolvimento em um esquema de fraude em contratos com a administração pública para beneficiar o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Flavio Batista de Souza (Podemos, de Ferraz de Vasconcelos), Luiz Carlos Alves Dias (MDB, de Santa Isabel) e Ricardo Queixão (PSD, de Cubatão), o vereador Gabriel dos Santos (PSD, de Arujá) é o quarto parlamentar investigado pelo MPSP que mira fraudes em licitações operadas por integrantes do PCC junto a prefeituras e Câmaras Municipais de 13 cidades.

O cartel tinha ao menos oito empresas que simulavam a disputa dos contratos públicos, com a participação de agentes públicos em fraudes em licitações de mais de R$ 200 milhões. Todas as empresas são ligadas ao pagodeiro Vagner Borges Dias, conhecido como Latrell Brito, acusado de liderar o cartel montado pela facção criminosa. Ele está foragido.

Em Ferraz de Vasconcelos, município da região metropolitana de SP,  o caso  implica uma  secretária da prefeita Priscila Gambale (Podemos) em  uma licitação sob suspeita.

Diálogos do pagodeiro obtidos pelo MP são peça chave da Operação Munditia, o vereador de Ferraz Flávio Batista de Souza (Podemos), o ‘Inha’, foi preso sob suspeita de receber propina da quadrilha ligada ao PCC que se teria instalado em setores da administração e do legislativo municipal.

Em um trecho há a citação de um deputado, mas o relatório da Promotoria não aponta o nome do suposto parlamentar; as investigações estão em curso. A prefeita de Ferraz de Vasconcelos é irmã do deputado federal Rodrigo Gambale (Podemos) .

Dobradinha em Ourinhos e funcionária fantasma

Como era o esquema

Parte dessas empresas, segundo o MPSP, estava em nome de membros da facção ou de laranjas, que desde 2019 se associaram a empresários que forneciam serviços de limpeza e de vigilância para diversos órgãos públicos, com o intuito de desviar parte dos recursos.

O grupo formado pelas diferentes empresas agia em conjunto, como um cartel, combinando qual empresário ficaria com cada contrato nas diferentes cidades.

Duas delas, contudo, haviam sido criadas apenas para perderem as licitações e impugnarem o certame caso uma empresa outsider, de fora do grupo, se classificasse com a melhor proposta.

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