Ex-bailarino da Escola de Bailado de Ourinhos é destaque no carnaval do RJ como Aladin ‘voando’ no tapete mágico
O que pouca gente sabia, no entanto, é que a pessoa que representou o Aladin, se trata de Diovane Cabral, de apenas 19 anos, ex-bailarino da Escola de Bailado de Ourinhos (EMBO), e natural de Ipaussu, que faz parte atualmente da Cia. Brasileira de Ballet e que há um ano foi morar no Rio de Janeiro.
Nesta semana, a reportagem do Contratempo entrou em contato com Diovane Cabral e fez uma entrevista exclusiva com o bailarino que embora seja de Ipaussu, acabou se tornando um ‘ourinhense’ de coração após morar por um período na cidade, época em que fez parte da EMBO (Escola de Bailado de Ourinhos) e posteriormente da Cia. Brasileira de Ballet, que teve como sede a cidade de Ourinhos por alguns anos.
Nascido em Ipaussu, desde criança, Diovane teve a dança como grande paixão e viveu até sua adolescência em sua cidade natal, período no qual conquistou diversos prêmios nas modalidades de dança contemporânea e hip-hop. Há quatro anos se mudou para Ourinhos, onde fez parte da escola municipal de bailado e posteriormente entrou como aprendiz para Companhia Brasileira de Ballet que na época era sediada em Ourinhos e dirigida pelo diretor Jorge Teixeira. Após a transferência da Cia, Diovane foi morar no Rio de Janeiro, onde encarou o desafio de viver e vencer em uma das maiores cidades do Brasil.
Este ano Diovani desfilou pela terceira vez consecutiva na Mocidade de Padre Miguel, sua escola de coração, e após o desfile apoteótico, ganhou a fama e a atenção de toda grande mídia no maior espetáculo da terra, como é chamado por todos, o carnaval do Rio de Janeiro.
Além de Diovane, mais seis bailarinos ourinhenses também fazem parte da Cia. Brasileira de Ballet no Rio de Janeiro e desfilaram pela Mocidade: Jhonata Felipe Rosa, Alícia Pitangueira, Ana Flávia Alvim, Isamara Matos, Gabriely Juvêncio e José Ailton.
Durante a entrevista, Diovane destacou a importância da participação na Escola de Bailado de Ourinhos, para sua carreira de bailarino. “A passagem pela EMBO foi fundamental, um grande aprendizado que me levou a Cia. Brasileira de Ballet, e sem a qual não estaria onde estou hoje”, ressaltou.
Em relação a grande repercussão de sua apresentação como Aladdin, Diovani afirma que foi uma emoção indescritível. “Nossa, para mim foi algo inesquecível, o público vibrando nas arquibancadas, muita gente vindo me entrevistar e tirar fotos, fazendo muitos elogios a minha participação´”, conta.
Segundo Diovane, seu destaque no desfile deste ano na Mocidade o impulsiona ainda mais a evoluir em sua carreira de bailarino e o fato de representar sua cidade e toda a região para todo o Brasil, é algo muito emocionante e compensador. “Para mim estar aqui no Rio de Janeiro em uma das principais companhias de ballet do país, representa a superação, a realização de um grande sonho e a compensação por muita luta e dedicação. Tudo que quero agora é investir em minha carreira e evoluir cada vez mais como profissional”, concluiu.
Com um enredo homenageando o Marrocos, a Mocidade Independente de Padre Miguel levou para a Sapucaí uma coreografia com direito a um Aladin voando em seu tapete mágico. A cena impressionou o público das arquibancadas – e até o comentarista da Rede Globo Alex Escobar -, que, por alguns instantes, acreditou estar mesmo vendo uma pessoa voando. A mágica só foi quebrada quando o objeto foi visto de perfil: tratava-se de um aeromodelo adaptado com uma folha de papelão impressa com a imagem de um homem.
“Que é isso… Achei que fosse um drone!”, comentou Escobar no momento em que o objeto voava em frente ao estúdio da Globo na Sapucaí.
Realmente parecia um homem voando. Na verdade, o mesmo que reaparecia, em carne e osso, em cima de uma caixa que deslizava pela pista, cercado de beduínos, até entrar em uma tenda, de onde saía novamente o tapete voador.
“É um aeromodelo”, explicou o coréografo da comissão de frente da Mocidade após o desfile. “Queríamos que desse a impressão de que o Aladdin realmente estivesse voando mesmo que por alguns segundos”, disse. “Imprimimos uma foto de alta resolução e montamos uma espécie de maquete. A reação do público foi incrível”, comemorou.
A comissão de frente da Mocidade Independente trouxe neste carnaval, uma referência que fez parte da vida de muitos espectadores: a história de Aladim. A apresentação conta com a participação do ator e bailarino de Ipaussu, Diovane Cabral, de 1,70, e a participação de um aeromodelo, com um boneco, que voa pela Sapucaí.
Gabriel Kablin, que comandou o aeromodelo, contou que o tapete voador fez quatro entradas na Avenida e levou uma imagem plotada do personagem. “O avião tem 800 gramas, o boneco que está em cima do tapete foi feito através de uma foto, que tem o tamanho real do Diovani Cabral, que interpretou o Aladin no desfile”.
A apresentação foi muito aplaudida pelo público e foi apontada como uma das comissões de frente que mais prenderam a atenção do público esse ano no Carnaval do Rio de Janeiro.