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Consulta pública é bem aceita pelos ourinhenses

Consulta pública é bem aceita pelos ourinhenses

A intenção manifesta do prefeito Lucas Pocay em entregar serviços públicos à iniciativa privada tem mobilizado cada vez mais os cidadãos ourinhenses para realização de um plebiscito.  No qual possam escolher, se a atividade de abastecimento de água e esgotamento sanitário continuem sendo operados pela SAE ou passe para uma empresa particular. Os voluntários do movimento “O povo em defesa da SAE” estão empenhando-se dia a dia na coleta de assinaturas pela cidade e encontrado ampla aceitação do povo.

O grupo irá pleitear junto a Câmara Municipal, atenção à manifestação da vontade popular numa consulta feita diretamente ao povo, por meio de votação. Para que a consulta pública ocorra é necessário que o pedido, a ser protocolado no legislativo, tenha pelo menos 5% de assinaturas (cerca de 5 mil) dos eleitores que estejam com situação regular junto à justiça eleitoral. Se aceito pelos vereadores a consulta será convocada mediante decreto legislativo.

De iniciativa popular o movimento tem vários voluntários, como o estudante Marcelo da Silva Pereira.  Ele relata a reportagem do Jornal Contratempo  que o trabalho de coleta de assinaturas e esclarecimentos estão tendo uma boa receptividade junto à população. Que muitos, tem conhecimento do que se trata e das implicações decorrentes de um serviço público, que de certa maneira vem funcionando bem, ser explorado economicamente pela iniciativa privada.

Marcelo da Silva Pereira.

Questionado sobre o fato de que muitas pessoas não sabem sequer o que é um plebiscito e o que significa a SAE eventualmente passar para iniciativa privada, Marcelo diz: “Todos nós voluntários diante das dúvidas das pessoas, explicamos o que está em jogo, à diferença entre a prestação desse serviço por empresa pública e uma empresa particular. E o que pode vir a acontecer com a terceirização do serviço em vários aspectos como a qualidade e o valor do serviço a ser cobrado da população, que é sabido bem mais caro”.

Ele completa: “Quando a gente explica, geralmente não tem uma negativa das pessoas elas entendem o problema e não querem que privatize, e por não quererem assinam pela consulta pública”.

Ainda de acordo com o estudante, a dificuldade está sendo a falta do título de eleitor no momento que os munícipes se propõem assinar pelo plebiscito. “Mesmo assim eles assinam e deixam o contato para que possamos ligar e eles passarem os dados do título e completar a adesão”, finalizou.

Segundo o professor Adolar Raimundo que também se empenha no trabalho de mobilização da população pelo abaixo assinado, as várias listas distribuídas estão sendo recolhidas para fazer uma contagem. “Vamos fazer um balanço com o que já foi coletado assim poder ter a noção do montante. Mas no contato com as pessoas nas ruas a aceitação ótima, 95% das pessoas não são a favor da concessão da SAE, az vezes encontro um outro que diz tanto faz. Volta e meia aparece um doido que diz, eu quero que privatize mesmo” conclui.

Nesta sexta feira, a barraca do “O povo em Defesa da SAE” está na Praça Melo Peixoto das 14 horas às 18 horas, no sábado a coleta de assinatura será no Jardim Itamaraty. “Será na Avenida do bairro, vamos encontrar um local montar a barraca e rodar uma moto com som pelo bairro explicando e convocando o povo para ir assinar, será das 9 às 14 horas no sábado”, destacou Adolar.

 A reportagem acompanhou a coleta de assinaturas em locais diferente da cidade. Veja o que disseram alguns ourinhenses sobre a questão.

Wilson Silva – Aposentado – Vila São Luiz

Eu acho um absurdo, porque a SAE é dos ourinhenses, é nossa e não tem que ser privatizada. Qual o motivo, só pode ser falta de competência de quem está lá administrando. Se não tem competência tira essa pessoa fora, não está dando lucro troca o administrador põe alguém com capacidade, com currículo na área pra tornar a SAE lucrativa.  Além disso, o serviço vai ficar mais caro, tenho por base a cidade de Cambará onde morei. Antes era a prefeitura que tomava conta disso depois passou para uma empresa particular e a conta ficou bem mais cara. Compare as tarifas de Ourinhos e de Cambará você vai ver a diferença.

Ana Carolina – Gerente administrativa – Jd. Flamboyant

“Sou a favor do plebiscito pela valorização dos funcionários da SAE e principalmente pelo fato de que se houver a privatização isso vai pesar no nosso bolso futuramente”.

Milton dos Santos – Segurança – Centro

“Eu acho o cúmulo tirar uma coisa que é do povo e entregar pra empresa particular. Além disso, tem muito pai de família que corre o risco de ficar desempregado. Por isso que estou a aderindo ao plebiscito. Os ourinhenses tem que assinar por que não podemos entregar o que é nosso. Qual é a ideia do empresário que pegar a SAE? É somente ganhar dinheiro, a firma que ganhar vai tratar a SAE apenas como um negócio e nos vamos pagar essa conta mais cara”.

Silvio A. Correia – Mecânico – Jd Primavera

“Olha, eu acho que uma empresa pública que dá lucro como a SAE deve ser mantida em benefício do povo da cidade. No passado já tivemos a experiência de passar serviço de coletar lixo para empresa Veja Sopave e só deu coisa errada. Agora querem tirar o serviço da SAE que produz uma água bem tratada pra uma empresa de fora. E tem mais, pode desempregar muita gente, vai subir a taxa de água, de esgoto que já não é barato é cobrado 70% do valor da conta de consumo de água. A SAE é uma mina de dinheiro pra empresa privada, não tem pechincha, é dinheiro em caixa. Não pague a conta pra ver, vai ficar sem água por que será cortada”.

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