Contra reajuste de 7% SINSERPO decide manter assembleia permanente
Na noite da última sexta-feira (08), alguns servidores públicos da administração municipal, atendendo a convocação do SINSERPO-Sindicato dos Servidores Públicos de Ourinhos, reuniram-se em Assembleia onde definiram os próximos passos a serem dados a respeito da Campanha Salarial 2022.
Em nota divulgada na tarde de domingo (10) após a assembleia, o sindicato afirma que o Executivo ourinhense cometeu uma série de ilegalidades, entre elas o fato de ter mantido com o Sindicato a interlocução necessária para negociação da pauta de reivindicações da categoria.
A nota classifica como vergonhoso o Projeto de Lei de lei enviado por Lucas Pocay a Câmara e aprovado pelos 12 vereadores da base de apoio do Prefeito.
Segundo o sindicato, a realidade é que os servidores não aceitam os 7% aprovado, cujo índice está muito abaixo da inflação e que está trazendo prejuízo imenso para os funcionários públicos municipais, que em sua maioria ganham um pouco mais de um salário mínimo e que está há três anos sem reajuste real.
A Assembleia contou com um grande número de servidores e também com a presença da vereadora Roberta Stopa e do vereador Cícero Investigador. O presidente do Sinserpo, Edinilson Ribeiro, o Biguá, e o advogado do Sindicato, Dr. Daniel Pestana, relataram aos presentes toda a cronologia de ações da entidade, desde janeiro quando foi protocolada a pauta de reivindicações, até o pós-aprovação do Projeto pela Câmara.
O SINSERPO solicitou uma mediação junto ao MP, delimitando, cronologicamente, tudo o que foi objeto de acordo nas diversas negociações que sempre ocorreram inclusive acordos não cumpridos, deixando claro que o propósito de não negociar, violando tratados internacionais, pode trazer consequências jurídicas a Lucas Pocay.
Segundo o presidente do sindicato “é a primeira vez na história que um Prefeito de Ourinhos não recebe o Sindicato para negociação”. Isso demonstra a total falta de respeito e valorização com o servidor.
O Sindicato sempre seguiu o caminho da legalidade em suas ações, fazendo tudo com muita seriedade para não colocarmos os servidores em risco. Só que o Poder Executivo precisa entender que o direito dos servidores é respaldado em Leis e quem descumpre Leis, pode sofrer consequências” declarou Ednilson Ribeiro.
Biguá reforçou o pedido de união para a categoria até que o pedido do sindicato seja analisado. “É muito importante manter a mobilização para que o nosso movimento não perca vitalidade. Os servidores podem continuar confiando no trabalho do Sindicato, pois sempre agimos dentro da Lei”.
Os servidores aprovaram, portanto, que a Assembleia continuará aberta e em caráter permanente. Novos informes, que guiarão os próximos passos, acontecerão a qualquer momento, diz o comunicado.
