Prefeitura interdita rua para realizar encerramento do Festival de Música e prejudica comerciante
Em entrevista ao Contratempo, o proprietário do lava rápido Douglas Willians Gabriel afirmou que foi surpreendido com a interdição ao chegar de manhã para abrir o estabelecimento. “Eu não fui avisado de nada, disseram pra mim que tinham colocado faixas nas proximidades, avisando que estaria interditado mais não vi nada, quando eu cheguei hoje, já tinha um ônibus atravessado, a rua já estava fechada. Fui na polícia civil, tentar falar com o delegado que estava de férias, liguei na policia militar e me disseram que ninguém podia fazer nada, porque era evento da prefeitura, pedimos o documento de licença para realizar a interdição, mas os funcionários eram terceirizados e disseram que não tinham nada. Isso acabou com meu dia, pois normalmente os dias de maior movimento são na sexta e sábado de manhã. Numa sexta normal eu lavo uns 18 carros, e hoje lavei apenas 7 carros, são 16 h, e já estamos indo embora, não tem mais carro pra lavar. Por baixo, eu perdi mais de 400 reais hoje, e numa crise como essa que estamos vivendo, ninguém pode se dar ao luxo de perder um valor como esse. Terei que pagar meus funcionários amanhã e nem dinheiro pra isso vai ter, com o que deixei da ganhar hoje”, contou.
O comerciante criticou a escolha do local que obrigou a interditar a rua de acesso a seu estabelecimento. “Na cidade existem tantas praças, tanto espaços livres, que poderiam ter feito esse evento, e resolveram fazer bem aqui, justamente no acesso a avenida principal do centro, interditando ruas, e para beneficiar uns, prejudicaram outros como o meu caso e agora meu prejuízo, ninguém vai pagar. Eu acho uma grande falta de respeito fazer isso com a gente que tá trabalhando honestamente para sobreviver com muita luta. Imagina se eu vou num lugar da cidade e fecho o trânsito para ver se não vão me tirar, mas agora quem tem influência pode fazer tudo, e nós que somos a população de bem, não podemos fazer nada”, desabafou.