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Casos de privatização de serviços públicos demonstram que serviço não melhorou e ficou mais caro

Casos de privatização de serviços públicos demonstram que serviço não melhorou e ficou mais caro

A partir do ano 2000 em todo mundo , a maioria nas nações desenvolvidas  estão reestatizando  os serviços de água e saneamento. Há outros exemplos de atividades que estavam nas mãos da iniciativa privada e voltaram a ser operados por empresas públicas, são serviços  de energia, transporte, resíduos, educação, saúde, totalizando 835 contratos retomados em 45 países.

Os motivos são os baixos investimentos, tarifas altas, falta de transparência, evasão de divisas (muitas companhias privadas estão em paraísos fiscais), valores excessivos repassados aos acionistas dessas empresas. Ou seja, um quadro de financeirização e, consequentemente, de priorização de retorno aos investidores, em detrimento da qualidade dos serviços prestados e interesse estritamente público.

No Brasil há vários exemplos das consequências diretas para a população que não resultaram na prometida melhoria do serviço, com tarifas muito altas e promessas de universalização não cumpridas, além de problemas com transparência e dificuldade de monitoramento do serviço pelo setor público.

O caso mais recente de  reestatização ocorreu em em Itu, onde o contrato de concessão, assinado em 2007, pertencia ao grupo Bertin e foi retomado pela prefeitura menos de 10 anos depois. O poder público local alegou que os investimentos na ampliação da oferta de água potável não estavam sendo cumpridos, até que veio a crise hídrica e impôs uma situação de seca total aos moradores.

Foi o mais longo racionamento da história da cidade, entre fevereiro a dezembro de 2014, quando as torneiras chegaram a secar. A prefeitura interveio em 2017  criando a Companhia Ituana de Saneamento (CIS), cujo slogan é: Agora a água é nossa! A autarquia cuida também do esgotamento sanitário.

Na contramão do interesse público sem justificativas plausíveis para terceirizar o serviço da SAE ,  a atual administração irá impor a população de  Ourinhos todos impactos negativos já demonstrados quando  empresas privadas assumem a operação de água e esgoto nas cidades.Veja o vídeo:

 

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