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Revista do grupo Abril refuta Jair Bolsonaro em 5 minutos

Revista do grupo Abril refuta Jair Bolsonaro em 5 minutos

A revista Nova Escola, do Grupo Abril, publicou um vídeo nesta semana apurando possíveis informações divulgadas pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PP), sobre materiais que seriam distribuídos em escolas públicas pelo país. Demorou apenas 5 minutos para que todas as acusações do deputado fossem desmentidas.
No dia 10 de janeiro, o deputado Jair Bolsonaro resolveu postar em sua página oficial no Facebook um vídeo criticando os métodos do MEC com a distribuição de possíveis livros em escolas públicas ao redor do país.
No vídeo, o deputado faz questão de exibir sua neta — que provavelmente não deve ser aluna de uma escola pública, além de nunca ter tido acesso aos tais livros exibidos pelo deputado federal.
De qualquer forma e sem a mínima apuração dos fatos que divulgava, o deputado esbravejou desinformações e acusações, além de distorcer e manipular o conteúdo de alguns dos livros exibidos pelo mesmo.
Cinco dias depois, a revista Nova Escola, que pertence ao Grupo Abril — mesmo da revista VEJA — postou um vídeo também no Facebook esclarecendo os pontos levantados pelo deputado, e refutando todas as informações levantadas por ele. Tudo em apenas cinco minutos.

 

O vídeo já conta com quase 60 mil curtidas, além de mais de 90 mil compartilhamentos na rede social.
Mesmo com todas as informações apuradas e explicadas pela revista Nova Escola, ainda existem comentários no vídeo defendendo o deputado — o que mostra a total falta de questionamento de seus seguidores, além de um culto a personalidade digno daquilo que ele próprio criticaria, através de suas denúncias contra “os regimes comunistas totalitários” do século XX.
Veja alguns dos comentários:
Uma mulher comentou na postagem: “Apoiado Bolsonaro! Esse tipo de educação se dá em casa […] Nova Escola deveria ser imparcial. Infelizmente não foi de bom senso essa postagem.”
Outro rapaz critica as possíveis edições que a revista teria feito do vídeo original postado pelo deputado, e ainda afirma que “o Estado quer nos obrigar a engolir esse tipo de aprendizado dentro das escolas, coisa lamentável, mas faz sentido visto que o MEC é totalmente alinhado com a ideias esquerdistas.”
Vários comentários levantam essa possibilidade de “interferência marxista/bolivariana no conteúdo escolar”. Porém, ignoram que o marxismo ou o próprio bolivarianismo nunca tratou em teoria qualquer aspecto ligado a causas LGBT, até por se tratar de uma tendência política e econômica (o marxismo) que começou a ser debatida no século 19.
Com isso, novamente, acabam ligando informações que são adquiridas através de outras fontes de “desinformação” como o próprio deputado Jair Bolsonaro, que utilizam de distorções e generalizações para defender seu ponto de vista como uma verdade absoluta e intocável, da melhor forma totalitária possível.
Outros comentários — que não serão replicados aqui — demonstram total falta de respeito, homofobia e racismo, que não por acaso também partem dos defensores do deputado do PP.
Segundo uma jornalista que trabalha na revista Nova Escola, que preferiu não se identificar, ameaças de morte e possíveis agressões físicas tem sido recebidas através das redes sociais diariamente desde a postagem do vídeo.
Alguns funcionários já chegaram a ter seus telefones pessoais como alvo dos seguidores do deputado.

 

 

Fonte: Agência Democratize/Medium

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