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Quando uma mulher é cúmplice num processo de corrupção, é machismo denunciá-la?

Quando uma mulher é cúmplice num processo de corrupção, é machismo denunciá-la?

Por Igor Santos*

Existe sempre um relativismo rondando a ”esquerda” playground, como se as guilhotinas estivessem erradas ao separar Maria Antonieta de sua cabeça imperial ou mesmo quando os bolcheviques mandaram para a vala toda a família do Czar, incluindo empregados leais.

Existe um malabarismo discursivo que condenou Boechat quando ele mandou Malafaia procurar uma rola, o mesmo malabarismo que agora diz que é machismo denunciar a esposa do Cunha, como se fosse uma figura inocente nesse processo todo sobre contas na Suíça.

Acho no minemo subestimar a inteligência da esposa do Cunha colocá-la como vitima, dizer que criticá-la é tão somente machismo, sem fazer a analise que a mesma é jornalista e trabalhou durante anos na central globo de jornalismo.

Inclusive mirar nela além do Cunha é centrar fogo naquilo que Cunha diz defender: a famosa família tradicional.

Que exemplo de moral a família tradicional do Cunha nos ensina além de hipocrisia? Formação de quadrilha, perjúrio, favorecimento de parentes em órgãos públicos (são 11 da manhã de domingo, não lembro a palavra pra isso, desculpem), evasão de divisas?

Não criticar Cláudia Cruz é que é machismo, pois ao fim e ao cabo seria como não considerá-la como um ser pensante, capaz das mesmas atrocidades que seu vesgo esposo.

E sim ela é capaz, assim como todas as esposas de patrão, assim como todas as mulheres e homens no topo da pirâmide social, principalmente aqueles e aquelas destituídos de caráter e com tendencias a sociopatia.

Grego só entende grego, criticar Cláudia Cruz e expor seus crimes em conluio com seu marido Eduardo Cunha, não é machismo, assim como denunciar os crimes de guerra cometidos pelo governo de Israel não é ser antissemita, assim como denunciar o estado islâmico não é ser islamofóbico, assim como criticar a ganancia e a vaidade de alguns lideres religiosos e suas bancadas no parlamento passa longe de ser preconceito religioso.

Entenderam?

No mais, todos os adjetivos que se pode empregar a Cláudia Cruz, também podemos empregar a Eduardo Cunha.

 

*é editor da página Rede Uirapuru de Informação no Facebook

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