Eleições 2022 – Por João Teixeira
Ciro: “Vivemos a mais grave crise da História do Brasil”
Presidenciável criticou política econômica de Bolsonaro, responsabilizou ex-presidentes pelo histórico de injustiças e pregou o fortalecimento sindical em defesa do trabalhador
Terceira via é “uma expressão preguiçosa e interesseira” criada pelo “sistemáo que aposta nas viúvas de Bolsonaro”, disparou o presidenciável Ciro Gomes, na abertura do seminário “Encontro dos presidenciáveis com os padeiros do Brasil”, promovido pelo Sindicato dos Padeiros de São Paulo.
O ex-ministro e governador do Ceará hipotecou seu apoio ao presidente do Sindicato, Chiquinho Pereira, “uma liderança sindical combativa que merece nosso voto de apoio em São Paulo e companheiro de longa data”.
Ciro lembrou que conhece Chiquinho como companheiro do Partido Popular Socialista (PPS), atual Cidadania, desde 1993.
“Sabe o que vai ser em 2022? Lideranças sindicais, preparem as costas, já está precificado. Vai ser uma tragédia econômica o ano de 2022 no Brasil. Não é porque sou profeta, não, eu conheço esse negócio com a minha alma”.
A economia do Brasil cresceu 6,7% ao ano durante 50 anos, de 1930 a 1980, o maior crescimento da história mundial, graças ao programa de substituição das importações de Getúlio Vargas, nos primórdios da industrialização do Brasil.
“Em 1980 o crescimento caiu para 2,3% ao ano, foi a década perdida”, afirmou Ciro. De 2010 até agora não houve crescimento. Getúlio tinha estratégia, planejamento, tinha plano”.
A automatização, a “revolução tecnológica” e a mudança dos meios de produção, sob o comando selvagem do livre mercado, explicou, lançaram 36 milhões de pessoas no desemprego e na informalidade.
“Bolsonaro foi um ato de revolta, de amargura do povo brasileiro, contra essa mentira, contra a mentira da esquerda brasileira, do seu PT, do seu PSB, do seu PSDB. E eu me incluo nisso. Eu estava lá, ajudando. Não tivemos a coragem de fazer as transformações que o Brasil precisava”.
O presidenciável- Ciro tem 5% das intenções de voto, em quarto lugar, atrás de Moro, com 10%; Bolsonaro, 23%; e Lula, com 46%, segundo levantamento da Consultoria Quest – indagou:
“Vocês acham que isso é assunto para a concorrência de mercado resolver? Nunca foi assim no mundo. Nenhum país sério que se desenvolveu, nem EUA, nem China, fez assim. O que funciona? É acabar com a propriedade privada como os comunistas no passado propunham? Também não funciona”.
“O que parece funcionar é uma concorrência mista, com um governo forte, com iniciativa privada poderosa, porém convergente e regulada”.
Para Ciro, “ou o povo se envolve ou estamos perdidos”.
“Não podemos deixar que estas eleições sejam um jogo de Chico contra Manoel, assentadas no ódio e paixões superficiais, como Lula e Bolsonaro preferem”.
Na defesa de um novo modelo de desenvolvimento econômico, o presidenciável observou que “a solução para a tragédia do presente não pode ser uma volta ao passado”.
“A elite brasileira é canalha, na pior crise da História, apoia um pilantra que, como juiz, malversou sua tarefa para servir a outro politico” – atacou Moro.
“A elite brasileira quer fazer esse cara a força de qualquer parada. Não vai funcionar. Mas quer fazer na marra”.
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