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Santa Casa de Ourinhos realiza manifesto “Chega de Silêncio” nesta 3ª feira

Santa Casa de Ourinhos realiza manifesto “Chega de Silêncio” nesta 3ª feira

Integrante do movimento intitulado “Chega de Silêncio”, a Santa Casa de Ourinhos divulgou comunicado na tarde desta 2ª feira, divulgando a realização de uma manifestação em frente ao hospital amanhã, terça-feira (19) às 8h30, com a participação de gestores e colaboradores para chamar a atenção da sociedade e governantes sobre a crise financeira enfrentada pelo setor filantrópico.

Organizada pela Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB) a campanha ‘Chega de Silêncio’ quer engajar gestores e profissionais de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil para expor a falta de recursos .

Segundo a CMB, a situação agravou-se com a pandemia da Covid-19 e o setor necessita de R$ 17,2 bilhões para cobrir dívidas e não paralisar serviços nos hospitais  ressaltando que o atendimento via SUS nacional é de 70% em alta Complexidade e 51% em média complexidade.  A entidade alerta para caos, principalmente no abastecimento de materiais e medicamentos com altos preços.

A Confederação demonstra preocupação com projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados que institui o piso salarial da enfermagem a ser votado nos próximos dias; podendo acarretar um  impacto estimado em R$ 6,3 bilhões aos hospitais filantrópicos que prestam serviços ao SUS.

Veja o que diz o comunicado divulgado pela Santa Casa de Ourinhos

 “O objetivo do movimento nacional “Chega de Silêncio” promovido pela CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos), que a Santa Casa de Ourinhos está participando e que amanhã, dia 19, às 8h30 em frente ao hospital, reunirá centenas de colaboradores para uma grande mobilização.

O “Chega de Silêncio” pede a alocação  imediata de R$ 17,2 bilhões anuais para o equilíbrio econômico e financeiro dos hospitais de todo o país com o SUS. Desde o início do plano real, em 1994, a tabela SUS e seus incentivos foi reajustada, em média, em 93,77%, enquanto o INPC (Índice de Preços no Consumidor) foi em 636,07%, o salário-mínimo em 1.597,79% e o gás de cozinha em 2.415,94%.

Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviço ao SUS, de todo o segmento. A preocupação em manter o trabalho tem, agora, outro alerta: tramita na Câmara Federal, com votação prevista para os próximos dias, o projeto de lei 2564/20, originário e aprovado no Senado, e que institui o piso salarial da enfermagem.

A Santa Casa de Ourinhos não é contra o Projeto de Lei do piso da enfermagem, mas, como os outros hospitais filantrópicos, precisa de ajuda para pagar os salários e as obrigações trabalhistas.

Se não houver políticas imediatas, consistentes, de subsistência aos hospitais, dificilmente suas portas se manterão abertas e a desassistência da população é fatal.

É preciso  tornar público o apoio de todos nessa luta pela sustentabilidade do SUS e a manutenção de 1.824 hospitais filantrópicos, que dispõem de 169 mil leitos hospitalares, 26 mil leitos de UTI e atendem a mais de 50% da média complexidade do SUS e 70% da alta complexidade.

Durante a mobilização de amanhã, que começa na Santa Casa e se estende durante o dia todo, incluindo ações na Praça Mello Peixoto, os colaboradores estarão colhendo assinaturas de um abaixo-assinado nacional”.

O abaixo-assinado já pode ser acessado pelo link https://chng.it/K2CKXPrChN

 

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