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Vereadores do PSDB perdem mandatos em Palmital por ‘candidatura laranja’

Vereadores do PSDB perdem mandatos em Palmital por ‘candidatura laranja’

Marcelo Marin e Emilene Damini tiveram os mandatos cassados em Palmital

Pelo mesmo motivo que levou os vereadores ourinhenses  do partido Republicanos,  Cícero Aquino e Alexandre Zóio a perderam o mandato no início deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impugnou a chapa do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) na última eleição municipal em Palmital (SP). O TCE reconheceu fraude na cota de gênero, com   a decisão os vereadores Marcelo Marin e Emilene Damini, eleitos pelo partido em 2020 tiveram os mandatos cassados e não cabe recurso.

O resultado do julgamento levou em consideração a fraude à cota de gênero, já que o partido teria utilizado “candidatura laranja” feminina. A fraude acontece quando alguns partidos indicam mulheres como candidatas, mas elas, na verdade, não participam da disputa, não fazem campanha para si e ainda apoiam outras pessoas, apenas com o objetivo de validar a chapa, cumprindo a cota mínima de 30%.

Das 13 candidaturas do partido homologadas junto à Justiça Eleitoral nas eleições municipais de 2020 para o cargo de vereador em Palmital, quatro eram de mulheres, cumprindo a cota mínima estipulada. No entanto, segundo o TSE, uma dessas candidaturas femininas era fictícia, porque não houve campanha, nem movimentação financeira.

Além de anular todos os votos recebidos pelo partido, a decisão também cassa os diplomas dos candidatos eleitos e torna inelegível por oito anos a “candidata laranja” envolvida na fraude.

O cartório eleitoral de Palmital disse que foi notificado pelo TSE na última sexta-feira (22). Com a decisão da Justiça Eleitoral, o órgão irá fazer a recontagem e reprocessamento dos votos. Enquanto a Câmara Municipal de Palmital não é notificada da decisão, os dois parlamentares continuam em exercício do cargo.

Em nota, o PSDB de Palmital disse que considera a decisão uma “medida drástica em cima de uma ação apresentada por um partido rival”. O comunicado ainda afirma que “a decisão é desrespeitosa” e “altera o resultado das eleições”. Por fim, o partido diz que “a legislação atual precisa passar por reformas e atualizações”.

Fonte G1 Bauru /Marilia

 

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