Sindicatos dos Servidores convoca assembleia para discutir deflagração de greve, no próximo sábado, 25
Nesta quarta-feira, 22, o Sindicato dos Servidores publicou um edital de convocação para uma assembleia extraordinária no próximo sábado,25, às 9h30, na sede da entidade, Rua Dom José Marello, 951, oportunidade em que será discutido a aprovação da greve por tempo indeterminado e a data do início do movimento grevista, além da organização do movimento, deliberando quais setores essenciais terão que funcionar e a formação de uma comissão grevista de servidores, entre outros assuntos.
A reunião sindical dos servidores municipais e autárquicos de Ourinhos, na noite de quinta-feira, 16, contou com a presença de mais de 200 servidores, que lotaram as dependências do Clube Olímpico.
De acordo com relato do sindicato durante a assembleia, na manhã de quinta-feira (16), a diretoria se reuniu com o prefeito Lucas Pocay, oportunidade em que ele afirmou que desconhecia as condições financeiras que a administração municipal enfrentava, já que ao assumir a prefeitura, o caixa não continha o montante informado pela gestão anterior, mas sim um valor inferior em 100 milhões de reais, em relação ao informado oficialmente.
Em justificativa a esse fato, o prefeito Lucas Pocay encaminhou a proposta de pagamento para todos os servidores, de forma linear, em uma única parcela, no mês de março, do valor de R$ 500,00, a qual foi rechaçada pelos representantes do sindicato e, na parte da tarde, após uma pausa nas negociações, o prefeito fez as novas propostas de reajuste que foram apresentadas aos servidores na assembleia, com três opções possíveis, para que fosse escolhida uma delas:
1) Reajuste no valor da inflação, do período compreendido de março de 2016 até fevereiro de 2017, pago em três parcelas, no meses de março, nos anos de 2018, 2019 e 2020, sem comprometer futuras negociações de reajuste salarial desses períodos.
2) Sem reajuste, mas com atualizações do vale alimentação, já nesse ano, passando de 280 reais para 310 reais para os servidores que já o recebem e, para os que não são contemplados, um vale alimentação no valor de 80 reais.
3) Um bônus de 750 reais, pago em duas vezes, uma em março e, outra em maio, com a promessa de um reajuste somando todo o período inflacionário, compreendido entre março de 2016 até fevereiro de 2020, mais um aumento real.
As propostas receberam fortes vaias dos servidores que rechaçaram de forma unânime as três opções encaminhadas pelo prefeito Lucas Pocay e enquanto o presidente do sindicato Edinilson falava que teria que se escolher entre solicitar a prefeitura uma reunião para apresentação de uma nova proposta os servidores passaram a gritar em coro uníssono: ‘greve’.
Logo em seguida, o presidente do sindicato passou a palavra ao advogado do SINSERPO que esteve presente nas negociações com o prefeito, que explicou todos os trâmites legais para que ocorresse uma greve, explicando a necessidade de protocolar um pedido de reunião urgente, para uma nova proposta do prefeito e, uma nova assembleia, para aceitar ou refutar a nova proposta, caso houver. Após explicações, o presidente do sindicato Edinilson informou que estaria na sexta de manhã na prefeitura, para protocolar o pedido de reunião urgente e solicitou que os servidores também comparecessem no local, para mostrar ao prefeito Lucas Pocay, o descontentamento dos servidores com as propostas enviadas.
Logo após o final da assembleia, as redes sociais foram invadidas pelos servidores, muitos deles declarando ter votado no prefeito Lucas Pocay e dizendo estar “totalmente decepcionados e revoltados, se sentindo traídos e enganados por Pocay, que fez falsas promessas na campanha apenas para vencer as eleições e que em nenhuma das gestões anteriores, por piores que tenham sido, trataram o servidor com tamanho desrespeito e desprezo”.