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Os índios de Ourinhos fazem parte do debate coletivo.

Os índios de Ourinhos fazem parte do debate coletivo.

POVOS INDÍGENAS

Por João Teixeira. 

Cultura cafeeira e estrada de ferro liquidaram Kaiowá e Kaingang da região de Ourinhos
João Teixeira (Colunista)
Os povos indígenas Kaiowá e Kaingang que habitavam as bacias dos rios Paranapanema e Tibagi foram praticamente exterminados no ciclo econômico da cultura cafeeira e da implantação da Estrada de Ferro no oeste paulista e o norte novo do Paraná, no fim do século 19.
Segundo a arqueologia, eram populações caçadoras, pescadoras e coletoras pré-históricos, pré-cerâmicas de tradição, além de fontes vegetais.
Em “A Ocupação da Terra na Formação do Município de Ourinhos”, as professoras Débora Fernandes de Araújo e Fabiana Lopes mostram a importância dos Povos Originários em nossa formação cultural.
“… através de um diálogo entre a história e a geografia , compreende o processo histórico de formação do Município de Ourinhos a partir da análise de como se deu a ocupação do Vale do Paranapanema através das frentes de expansão e pioneira”.
A história, contada a partir da chegada da ferrovia, no início do século 20, envolve fazendeiros, posseiros, pioneiros, falcatruas, negociatas e lutas pela posse da terra.
Milhares de indígenas habitavam as matas nas bacias dos rios Paraná, Paranapanema, Tibagi e seus afluentes menores, habitada desde o sétimo milênio.
Há 2000 anos, sobravam 200 mil, informa o professor Lúcio Tadeu Mota, da Universidade Federal do Rio Grande.

 

“EM DEFESA DOS POVOS INDÍGENAS”

Evento que será realizado no Sindicato dos Jornalistas de SP
Data: 26 de abril de 2023
Horário: das 19 às 22 horas
Endereço: Rua Rego Freitas 530 sl -SP
República

Organização: Grupo Tortura Nunca Mais-SP
Acat Brasil -Ação dos Cristãos para Abolição da Tortura
Apoio: Comissão de Justiça e Paz
Condepe -Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana

Ato em defesa dos povos indígenas ameaçados por toda espécie de violências: assassinatos de lideranças, estupros , invasão de terras, garimpo, desassistência à saúde ; fome e desnutrição, vitimando adultos e, em especial, crianças; além do preconceito da sociedade em geral contra essa população.

Participam dos debates:
Thiago Tanji, presidente do Sindicato dos Jornalistas SP
Mateus Wera, liderança indígena na aldeia Itacupe, em SP
Rosa Gauditano
jornalista, repórter fotográfica. Trabalhou na Folha de São Paulo e na revista Veja, entre outros veículos; diretora da Agência Studio R em SP. Recebeu Prêmio Abril em em1986 por fotojornalismo; foi professora de designer de fotografia na PUC São Paulo; é autora do livro “Povos indígenas do Brasil”, entre outros ligados à temática índígena, além de vídeos sobre os xavantes; realiza exposições de fotografia no Brasil e em diversos países.
Professora Lúcia Helena Rangel
antropóloga, professora da PUC-SP; assessora do CIMI /Conselho Indigenista Missionário .Coordena a Pesquisa de Violência contra os Povos indígenas, publicada anualmente pelo CIMI; pesquisadora na área de etnologia indígena
Dra.Fabiane Tessari
Advogada ,mestre pela FGV/SP, membro do Núcleo de Direitos dos Indígenas e Quilombolas da OAB/SP, coordenadora de Rios, Biodiversidade (COP15) e Parques no âmbito da Comissão Permanente do Meio Ambiente da OAB/SP
Rodolfo Costa Machado
Historiador, formado pela USP e doutor em História pela PUC-SP.
Participou da Comissão Nacional da Verdade e, atualmente, junto ao CAAF da Unifesp e ao MPF, integra equipe responsável pela investigação de agressões a direitos humanos de povos indígenas do Amazonas durante a ditadura militar.
Participa por video, Dario Kopenawa Yanomami, diretor da Associação Indígena Yanomami que representa 31 mil indígenas dessa etnia.

Apresentação da Plataforma sobre a aldeia Tekoa Itakupe da Claque Produções.

Saudação aos participantes por dirigentes e representantes da Comissão de Justiça e Paz, Grupo Tortura Nunca Mais -SP, ACAT Brasil e Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana).

Demarcação já

E´ fundamental a demarcação das terras indígenas e impedir o marco temporal de prosperar no STF. Com o marco temporal, indígenas que foram expulsos por fazendeiros inescrupulosas, grileiros e toda espécie de aventureiros não poderão voltar às terras que antes ocupavam . A intenção é restringir as demarcações até a data de promulgação da Constituição de 88.
Falar da importância da demarcação é importante porque são essas terras que preservam o nosso meio ambiente para o bem dos brasileiros e de todo o planeta pois contribuem em larga escala contra o aquecimento global.
E o objetivo ,ainda, é apoiar os indígenas na preservação de sua cultura e valorizar seu conhecimento na medicina e farmacologia.

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