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Atleta de Piraju conquista 6º lugar na Canoagem e obtém resultado histórico na modalidade

Atleta de Piraju conquista 6º lugar na Canoagem e obtém resultado histórico na modalidade

Foi um dia de sonho para a canoagem brasileira em especial para a cidade de Piraju, município de nossa região, que fica a 60 km de Ourinhos. Depois de garantir vaga na final olímpica do K1 (caiaque individual) masculino do slalom com o décimo melhor tempo, o atleta de Piraju, Pedro Gonçalves abriu a final com dez participantes. Com o tempo de 91.54 segundos, ele colocou pressão nos concorrentes que ainda desceriam as corredeiras. Os três competidores seguintes não conseguiram superar Pepe, fato que gerou uma vibração fervorosa da torcida que preencheu boa parte da arquibancada do complexo em Deodoro.

Dos seis canoístas que restavam apenas um ficou atrás de Pedro, o que representou o heroico sexto lugar para o atleta nascido em Piraju.  Melhor resultado da história do país em Olimpíada na modalidade, para a festa dos brasileiros que acompanharam a prova.

A prova

Empurrado pela torcida brasileira, Pedro desceu as corredeiras do Estádio de Canoagem slalom de peito aberto e concentrado. Ele obteve um tempo melhor do que o da semifinal pela manhã (88.48s) e vibrou com o resultado. “Na minha descida, pedi a Deus para fazer o meu melhor.  Não veio medalha, mas foi histórico.  É o dia mais feliz da minha vida. Fiquei secando meus rivais, mas sem vibrar porque é antiético no esporte. Na canoagem slalom todos são amigos, não importado o resultado”, afirmou. Pedro, que depois da prova foi muito festejado por amigos, familiares e fãs.
O resultado expressivo tem tudo para ser um pontapé inicial no reconhecimento da canoagem slalom no Brasil. O esporte pode passar a atrair mais patrocinadores e projetos que incentivem crianças a praticá-lo. De fato, essa seria a grande medalha de Pedro.

 

Piraju: referência na canoagem

Pedro ao lado de Charles e Anderson, que também são de Piraju

Piraju é um verdadeiro celeiro de talentos da canoagem slalom brasileira. A prova disso está na participação dos nossos atletas na Olimpíada do Rio de Janeiro. Os três que avançaram às semifinais de alguma das categorias da modalidade são nascidos em Piraju. Pedro Gonçalves é nosso representante na K1 (caiaque individual). Charles Correa e Anderson Oliveira formam a dupla brasuca do C2 (canoa dupla).
Todos eles foram lapidados para o esporte em um projeto social na cidade e hoje representam o país numa Olimpíada em casa, e com possibilidade de elevar ainda mais o nome do município de nossa região, que conta hoje com 30 mil habitantes.


Homenagem à cidade natal

Pedro tem uma tatuagem que indica a latitude e a longitude da cidade de Piraju

A paixão por Piraju é tão grande que Pedro Gonçalves, o Pepe, tem uma tatuagem que indica a latitude e a longitude da cidade. “Essa é uma homenagem que fiz à minhas raízes. Não se pode esquecer nunca de onde viemos. Minha família e amigos de Piraju me ajudaram muito para que eu virasse um esportista profissional. A tatuagem é uma forma de agradecimento e mostra o orgulho que eu tenho da minha cidade”,  declarou Pepe, com satisfação estampada no rosto.
Além de serem da mesma cidade e formarem uma dupla, Charles Correa e Anderson Oliveira parecem irmãos, tamanha a semelhança física que ambos têm. Mais descontraído do Time Brasil de canoagem slalom, Charles sonha em ver o nome de sua cidade exaltado pela repercussão que uma boa participação deles pode causar. “A expectativa é de que nossa boa atuação na Olimpíada faça com que as pessoas ouçam falar de Piraju. Além disso, pode ser de suma importância para a visibilidade do esporte no Brasil. Contamos com o apoio da torcida, pois ficamos muito felizes com a participação que a galera teve hoje (10). Você vê que é um programa bem família, como se fosse no interior”, destacou Charles.
Charles e Anderson voltam a competir apenas nesta quinta-feira, 11. O panorama para chegar a uma final olímpica que teoricamente é mais viável. Dez dos 11 concorrentes terão lugar garantido na prova mais esperada da categoria. Apesar da alta probabilidade, Anderson prefere deixar o sonho de disputar uma decisão olímpica acontecer. “A prova muda completamente e teremos um novo caminho das balizas. Vamos rever o vídeo das nossas descidas para sabermos o que temos de melhorar. A chance é grande de uma vaga na final, mas não podemos nos acomodar com isso. Vamos dar o nosso melhor para pegarmos o melhor tempo possível”, enfatizou Anderson, mais um dos orgulhos de Piraju.

 

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