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Gato de energia em ato antidemocrático foi autorizado pelo presidente da Câmara dizem manifestantes

Gato de energia em ato antidemocrático foi autorizado pelo presidente da Câmara dizem manifestantes

 

Manifestantes sob liderança do presidente do Sindicato Rural de Ourinhos Luiz Eduardo Bicudo Ferraro, Brigadeiro, concentrados em frente da sede do Tiro de Guerra (TG)

Desde a derrota de Jair Bolsonaro no segundo turno em 30 de outubro, apoiadores do ex-presidente em Ourinhos têm protestado contra o resultado das eleições alegando fraude e a interferência do judiciário no pleito. Os protestos tomaram forma pelas redes sociais onde os contrários ainda insistem em contestar a integridade das eleições.

Os atos de protesto começaram no dia seguinte a divulgação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, primeiro tentaram paralisar o tráfego na SP 270 Rodovia Raposo Tavares no trecho no distrito industrial II em frente à indústria mecânica Zanuto.

Os manifestantes colocaram pneus para serem queimados, mas não conseguiram, pois a Policia Rodoviária liberou a pista, mas os bolsonaristas permanceram no local onde empresários do agronegócio, usineiros e donos de postos de combustível promoveram a uma farta churrascada.

Aos poucos esse ato foi perdendo força até que os manifestantes sob liderança do presidente do Sindicato Rural de Ourinhos Luiz Eduardo Bicudo Ferraro, vulgo Brigadeiro,  dirigiram-se para frente da sede do Tiro de Guerra (TG) na Rua Expedicionário em Ourinhos.

Agora deixando Bolsonaro de lado e clamando por um golpe que traga o retorno do regime militar, os autodenominados “patriotas ourinheses” montaram acampamento em uma área pública defronte ao TG ao lado da Câmara Municipal onde rezam, entoam hinos cívicos e expõem o fanatismo político e religioso que tomou conta de parte da população.

Carreta da comitiva Cascudo e guindaste da empresa Zanutto sustendandoa bandeira do Brasil

No local chama a atenção de quem trafega pela via, barracas, tratores e camionetes de luxo estacionadas no terreno, ornamentados com bandeiras do Brasil. Até uma grande carreta da Comitiva Cascudo, uma associação da vizinha cidade de Ribeirão do Sul cuja atividade é a promoção de rodeios, vaquejadas completam o circo de insanidades.

A maioria dos países do mundo, os partidos, o Supremo Tribunal Federal e até os partidos de direita aliados de Bolsonaro rejeitaram esses movimentos e acolheram Lula como presidente.

Embora esse protesto ourinhense esteja perdendo força, desde a vitória de Lula os simpatizantes de ideias da extrema direita insistem na agitação antidemocrática ignorando que o ato está distante de um passo efetivo que possa mudar os resultados.

Presidente da Câmara autorizou ligação clandestina de energia elétrica dizem manifestantes

Segundo denúncia publicada na reportagem do Jornal Biz https://jornalbiz.com/denuncia-camara-ourinhos-paga-energia-manifestantes/ no ultimo domingo (13) os manifestantes golpistas que pedem a volta da ditadura militar em frente ao TG, estariam se utilizando de energia elétrica da Câmara Municipal de Ourinhos através de um “gato” (ligação clandestina, furto de energia), comprovado por imagens de vídeo divulgadas pela reportagem do Jornal Biz.

Rapidamente o assunto repercutiu fortemente nas redes sociais com internautas cobrando explicações do poder legislativo na pessoa e responsabilidade do presidente da casa vereador Santiago de Lucas Angelo (União Brasil). A reportagem do Contratempo tentou contato com o presidente da Câmara via e-mails, assessoria de comunicação do legislativo, mensagens de Whats app, mas Santiago não respondeu.

Segundo reportagem publicada na manhã desta 3ª feira pelo site “Passando a Régua” notório apoiador dos manifestos ourinhenses,  após a denúncia, o fornecimento de energia aos manifestantes foi retirado pela Câmara.

Ainda conforme reportagem do site https://www.passandoaregua.com.br/noticia/13536/ourinhenses-enfrentam-tempestade-mas-mantem-mobilizacao-em-frente-ao-tiro-de-guerra-de-ourinhos , em conversa com alguns manifestantes acampados revelou-se que, “o presidente da Câmara Santiago de Lucas Ângelo inicialmente havia permitido o fornecimento, mas, após a denúncia, achou por bem retirar a ligação. Os manifestantes afirmaram que não se tratava de uma ligação clandestina, ou seja, um “gato” e sim algo permitido pelo presidente, apesar de não haver qualquer oficio sobre a autorização”.

 

 

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