Ourinhense é uma das 20 finalistas do Concurso Estadual ‘Moda Inclusiva’
Foi realizada no último dia 04, na cidade de Paraguaçu Paulista, a seletiva regional do Concurso ‘Moda Inclusiva’, que foi composta por 5 alunas das faculdades de Moda da região, dentre as quais, foi selecionada a representante da região, para a grande final que acontecerá no mês de dezembro em São Paulo, e a finalista regional escolhida foi a ourinhense Amanda Moraes Arruda, de 23 anos, estudante do Curso de Moda, da FAIP de Marília.
O Concurso Moda Inclusiva é promovido pela Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e tem o objetivo de proporcionar a oportunidade para que jovens estilistas lancem um novo olhar e soluções que facilitem o cotidiano da pessoa com deficiência, fazendo com que elas sejam as protagonistas da passarela e ganhem as ruas com elegância e estilo, vestidas para viver.
Em entrevista ao Contratempo, Amanda falou sobre a sua criação que foi escolhida pela Comissão do Concurso e o que a motivou a participar da competição estadual. “Eu venci essa etapa com um look casual para um cadeirante e participar desse concurso veio da vontade de ajudar o próximo com o meu trabalho. Saber que posso fazer com que a vida de alguém fique melhor a partir de algo que eu criei, me motivou e me motiva a pensar em moda de uma maneira diferente todos os dias. É uma maneira de começar a mudar o mundo, e essa é minha contribuição”, explicou.
Mais informações sobre o Concurso podem ser encontradas no endereço eletrônico: www.modainclusiva.sedpcd.sp.gov.br
O projeto
Quando se fala em garantir os direitos das pessoas com deficiência, deve-se sempre pensar da maneira mais abrangente possível. Atender às suas necessidades não se restringe, apenas, a construir uma rampa para o acesso de cadeirantes, ou a garantir uma prótese para quem precisa. Essas medidas, fundamentais, não devem ocorrer de forma isolada.
A inclusão total depende de um conjunto de ações que permita às pessoas com deficiência se sentirem, de fato, integradas à sociedade. Isso significa, sim, que haja rampas, que órteses e próteses sejam oferecidas. Mas significa, também, dar a possibilidade para que as pessoas façam suas opções. Possam escolher, por exemplo, para onde ir e quando ir. E, claro, escolher como as pessoas sem deficiência as vestimentas adequadas para cada ocasião.
Uma das maneiras de se alicerçar este processo isto é, permitir a acessibilidade a trajes adequados foi por meio da idealização dos concursos. Este processo melhor explicado a seguir introduz o conceito do imaginário e da criação. É por isso que a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência tem organizado o Concurso de Moda Inclusiva que agora conta com a edição internacional.
O Concurso Moda Inclusiva faz com que jovens estilistas lancem um novo olhar e soluções que facilitem o cotidiano da pessoa com deficiência. E permite que elas sejam as protagonistas da passarela e ganhem as ruas com elegância e estilo. Vestidas para viver.
A par de trabalhar a autoestima das pessoas com deficiência é de grande importância a autonomia que as pessoas adquirem quando encontram roupas onde conseguem se vestir sozinhas, com soluções que facilitem o seu dia a dia, como modelagens diferenciadas. Por exemplo, para uma pessoa com deficiência visual comprar uma peça onde existe uma etiqueta em Braile com todas as informações que ela precisa saber e com detalhes como, por exemplo, bordado em Braile é uma conquista.
Com a maior inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho e na sociedade como um todo, a questão do vestuário torna-se de grande importância, com potencial para que sua cadeia de valor crie um novo segmento no mercado de moda, o projeto também tem como objetivo estimular alunos e profissionais de moda a se especializarem nesse segmento, além de levar a discussão no contexto da Responsabilidade Social, chamando a atenção para o tema de uma forma lúdica, ajudando na promoção de uma sociedade mais inclusiva.
O Concurso Moda Inclusiva promovido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência foi o primeiro a ser realizado no Brasil e segundo pesquisas também inédito no âmbito internacional nesse formato.
O projeto Moda Inclusiva estimulou a criatividade de vários grupos, como estudantes, professores, pessoas com deficiência, além de fomentar um mercado com foco na ergonomia e estender a questão da deficiência para diversos grupos da sociedade propondo uma reflexão comportamental, bem como uma moda influenciada pela diversidade com design inspirado na ótica do Desenho Universal
O Desenho Universal é uma resposta ao movimento da sociedade, que busca eficiência e funcionalidade para todos os indivíduos ao longo dos ciclos da vida, um fator decisivo quando o objetivo é a construção de uma sociedade para todos que prioriza a eliminação de barreiras arquitetônicas, ambientais e estéticas.