×

Polícia Civil intima suspeita de desviar R$ 3,5 milhões da prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo

Polícia Civil intima suspeita de desviar R$ 3,5 milhões da prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo

A Polícia Civil de Santa Cruz do Rio Pardo (SP) intimou a ex-tesoureira da prefeitura Sueli Feitosa para depor. Ela é a principal suspeita de desviar mais de R$ 3,5 milhões de verba da prefeitura e foi exonerada do cargo no dia 23 de dezembro de 2016.

O documento foi entregue na casa de Sueli Feitosa e recebido por parentes, já que ela não está na cidade desde que o desvio dos cofres públicos foi descoberto. Foi a primeira intimação oficial, mas não há prazo para que a ex-tesoureira compareça à delegacia. A polícia já havia pedido a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da suspeita.

Segundo o delegado, o objetivo é descobrir qual o real patrimônio construído pela funcionária pública Sueli de Fátima Feitosa enquanto ocupou o cargo de diretora na prefeitura. “Através da queda do sigilo fiscal nós conseguimos analisar o patrimônio dela e dos familiares a fim de verificar se existe uma correspondência entre o ganho real e o patrimônio que eles ostentam e declararam à Receita Federal.”

Segundo as investigações, a suspeita pegava dinheiro do caixa da prefeitura e depositava em contas pessoais. Para esconder o desvio extratos bancários eram falsificados. A Polícia Civil apreendeu documentos, contratos e computadores na casa da suspeita – que não está na cidade – e de parentes dela. Todo o material está sendo analisado.

Cortes no investimento
Os servidores de Santa Cruz do Rio Pardo ficaram sem abono salarial em 2016 e a reforma da rodoviária da cidade, prevista para 2017, vai ter que ser adiada, segundo o prefeito Otacílio Parras Assis, que afirmou que o dinheiro desviado dos cofres municipais vai reduzir investimentos previstos pra 2017, ano em que ele começa seu segundo mandato.

“Não temos como fazer a reforma da rodoviária, a reforma do posto de Sodrélia, a compra de máquinas e o abono de R$ 500 que seria dado aos funcionários não tem como ser feito.”

You May Have Missed