Djalma Bahia – O atacante ourinhense que chegou à Seleção Brasileira
Por José Luiz Martins – Djalma José Bahia desde pequenino gostava de futebol, seu avô Bento Lopes Bahia jogou o futebol de várzea no E.C.Vila São Luiz e o tio Carlos Lopes Bahia no Palmeirinhas celebre equipe da Vila Margarida, time que mais títulos tem na história dos campeonatos amadores da cidade. José Lauro seu pai, era o craque da família conhecido no meio futebolístico como “Lilo” Baia passou pelos time da Industria Migliari , Internacional do jardim Matilde, Ouro Branco, Sete de Setembro, C.A. Ferroviário e Grêmio Esportivo Municipal (GEM).
Lilo, em 1958 jogando no GEM e funcionário da prefeitura, foi impedido pelo prefeito José Maria Paschoalik de disputar o profissionalismo pelo E.C. Operário. Djalma nasceu em 1962 e desde criança acompanhava o pai pelos campos de Futebol, o pi ainda tentara o profissionalismo em Campinas, São Paulo e Londrina. Não alcançou os gramados dos grandes clubes mas viu no filho Djalma a esperança de concretização de um sonho.
Seu tio o professor de história Calos Lopes Bahia, conta que na época em que o sobrinho estudou no Instituto de Educação Estadual Horário Soares juntava-se com os amigos do bairro e participava de treinos e jogos no campo de terra da vila Moraes, já demonstrava grande habilidade com a bola. Mais tarde a família se mudou para a rua Sebastião Miranda no Jardim São Bento e novos companheiros surgiram, o campo agora era o do Jardim América.
Conforme relata o tio, o caminho de Djalma para o profissional iniciou-se em 1974 quando família Matsubara da cidade de Cambará no Paraná, que mantinha a equipe da Sociedade Esportiva Matsubara, criou uma vila olímpica destinada à descoberta de novos talentos no futebol. O clube projetou-se no Paraná disputando os campeonatos da primeira divisão a partir de 1976.
“Logo da instalação da vila olímpica do time do Matsubara o técnico Luis Carlos Oliveira, o Bolão, foi contratado como técnico e veio para Cambará. O Lilo viu aí a possibilidade da realização de seu sonho. Ele conhecia Bolão de Londrina e isso iria facilitar. Logo Djalma estava instalado na vila olímpica jogando pelo Matsubara e se destacou atuando como atacante disputando o campeonato paranaense de juvenis e em seguida com a equipe de profissionais”, revelou Carlos Bahia.
A essa altura a S.E.Matsubara já era amplamente conhecida por revelar jogadores em suas categorias de base. Tanto que o clube tem nove títulos paranaenses de juniores. Com seu bom futebol em 1981 o jovem atacante é convocado para a jogar na seleção brasileira Sub 20 disputando a Copa de Juniores na Austrália, foi a terceira edição do torneio organizado pela FIFA com a participação de 16 seleções.a equipe do Brasil ficou em 3º lugar.
Carlos revela detalhes do acidente fatal: “Desde 1979 eu lecionava em Piracicaba. Na segunda feira, como era costume, me preparava para o trabalho, liguei a televisão para assistir o programa de esportes da Record às 11,30 e recebi através do locutor a notícia do falecimento de Djalma em razão de um acidente automobilístico na marginal do Tiete. O companheiro de Djalma bebera demais e o volante de um fiat Spazio para as mãos de Djalma. Sempre se tem pressa na volta e isso foi fatal. Pista úmida pela garoa paulistana, excesso de velocidade. Djalma perdeu o controle da direção e batera de frente em um poste. Ele não usava cinto de segurança, nem ele, nem sua colega. A batida do volante em seu peito e no da companheira provocaram danos internos que foram fatais”, lamenta o tio do craque..
Na mesma noite o corpo do atleta chegou em Ourinhos. O caixão foi transportado pelo caminhão do corpo de bombeiros foi acompanhado por uma multidão inclusive diretores da portuguesa. Hoje, o estádio de futebol do monstrinho leva o nome de Djalma Bahia em uma última homenagem.