Professor da UENP acusado de matar diretor a machadadas defendia ideias conservadoras, pró Bolsonaro e “Escola Sem Partido”
Defensor de ideais ultraconservadores e em defesa da “moral e dos bons costumes”, Laurindo Panucci Filho, confessou ter sido o responsável pelo assassinato do diretor da UENP, Sérgio Roberto Ferreira, que ocorreu no início da noite da quinta-feira, 20, dentro da universidade, em Cornélio Procópio.
Em suas redes sociais (Twitter e Faceboook), o professor fazia posts defendendo ideias de direita, em apoio a Jair Bolsonaro e diversas críticas aos movimentos sociais e à esquerda; nesta semana, questionou as acusações contra João de Deus e, na quinta-feira, poucas horas antes do crime, tweetava sobre uma frase de Rodrigo Maia.
O acusado do assassinato é doutor em Ciências Contábeis e Administração e professor em Cornélio Procópio desde 2012. Um dos últimos posts do Facebook do professor é um print de um tweet defendendo ideias do “Escola Sem Partido”.
O professor foi preso após confessar o homicídio, na cidade de Teodoro Sampaio, no interior paulista, a 250 km de Cornélio Procópio. O seu apartamento foi investigado pela Polícia e lá encontraram o machado ensanguentado usado no crime.
Segundo a família da vítima, o professor havia marcado uma reunião com o diretor na universidade. A Polícia Civil encontrou uma advertência disciplinar contra o professor na sala do diretor, onde o crime ocorreu. No entanto, ainda não foram divulgadas informações oficiais sobre as motivações do homicídio.
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